Açailândia descobre a fórmula mágica da saúde: hospital pequeno, preço de gigante e uma licitação que vale ouro

 


A gestão municipal parece ter encontrado o segredo para transformar o Hospital Municipal Dr. Gerson Abreu de Souza no mais caro do Brasil, talvez até do hemisfério. Não pelo atendimento, não pela estrutura, mas pelo valor estelar da licitação que pretende terceirizar a administração da unidade. A brincadeira? R$ 8,78 milhões por mês, um número que fez especialistas coçarem a cabeça e perguntarem: “Será que colocaram um zero a mais… ou dez?”

Relatórios técnicos mostram que a conta simplesmente não fecha. A proposta, se aprovada como está, pode custar mais de R$ 300 milhões em cinco anos, um valor tão alto que parece roteiro de ficção científica ou de comédia política.

Hospital pequeno, preço de hospital de luxo

Para reforçar o espanto, basta um comparativo:
o tradicional Hospital Regional de Jundiaí, administrado pelo Instituto Sírio-Libanês, referência nacional, com 240 leitos e estrutura complexa custa R$ 7,8 milhões mensais.

Já o hospital de Açailândia, com menos da metade da capacidade, simplesmente resolveu se valorizar: teria um custo por leito até 169% maior. Um verdadeiro milagre econômico.

O número mágico: R$ 3,26 milhões

A análise técnica aponta que um custo realista seria de R$ 3,26 milhões por mês. Mas a gestão municipal, sempre inovadora, decidiu multiplicar esse valor por quase três, gerando um possível sobra-orçamentária de R$ 5,5 milhões mensais.

Em cinco anos, o contrato poderia atingir R$ 331 milhões, com um provável sobrepreço de R$ 265 milhões. Dá para reformar hospitais, construir unidades novas e ainda sobra para muito café — mas o foco, ao que parece, é outro.

Transparência? Só se for opaca

Para completar o pacote de suspeitas, o processo licitatório não apresentou um dado básico: quantos servidores municipais seriam cedidos à futura gestora. Sem isso, as empresas não conseguem calcular custos, o que dificulta a concorrência e levanta aquela velha dúvida: será que a licitação já nasceu com destino certo?

Exigências “criativas” no edital

O edital também vem recheado de obstáculos “convenientemente” restritivos, como:

  • proibição de participação de entidades em recuperação judicial (mesmo que legalmente ativas);

  • obrigatoriedade de registro prévio no CRM-MA;

  • limitação no formato de comprovação de experiência técnica.

Tudo isso ajuda a afunilar a disputa. Afinal, quanto menos concorrentes, menos dor de cabeça… e mais previsível o resultado.

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